sexta-feira, 2 de agosto de 2013

RESIGNAÇÃO

 
 
RESIGNAÇÃO
 
 
 
O Amor vulnerável desperta o medo,
o limite de todas as farsas, incontestável
equilíbrio às margens do sentimento volúvel.
 
Pensamento vulgar à sombra da ilusão,posse
de todos os terrores, inútil tentativa, carençia
ferida, sonda a alma a procura do inconsciente
sufoca angústia, desperta aflição, profundo pesar,
sórdida tortura.
 
Silêncio oculto, dignidade ofuscada, sensata espera,
amarga lembrança, paciência desprezada, sutil lamento,
atitude inebriante,fuga contestada, busca incessante,
prazer ardente.
 
Lamenta paixão, felicidade distorcida, alma ferida,
pavor tortuante, vaidade acusada, sentimento amargo,
medo do nada, coração suplicante, eterna aflição.
 
Amor vivido, laço com partilhado, ingênuo afeto,
digna compaixão, tolerância do oculto, sentimento
com partilhado, lágrimas permanente, guarda em
segredo o consolo do silêncio no desabafo reprimido.
 
 


terça-feira, 30 de julho de 2013

Engano

 
 
Engano
 
Na controversa do inconsciente,tentei
abraçar a tua imagem para poder preencher
o meu vazio, pura ilusão de meus sentimentos.
 
Se prossigo sou traído por minha própria consciência;
Se me arrisco fico incapaz de perceber a minha
fraqueza;
Se me aprofundo, sinto a tua imagem confundir os
meus anseios;
Se insisto, confronto com a tristeza desfazer a minha chegada.
 
A minha exaltação contesta o absurdo de meus enganos,
meu olhar se confundi nos anseios de minhas sensações,
isolo os sentidos e me perco no domínio de meus desejos.
 
Procuro um atalho para não desviar a minha existência,
escondo o profano da mente para ocultar os meus desejos
e agasalhar o desconhecido.
 
Na sombra está a minha própria prisão, portanto
qualquer caminho que escolho, sinto a escuridão
mostrar outra face que me condena.
 
Fecho os olhos e contesto a revelação do oculto
ironizar as minhas descobertas, distante do seu alcance,
sinto a saudade com partilhar com o impossível.
 
Se desisto, vejo o mundo arrebatar todos os meus
pensamentos, tropeço e contemplo a aparência
enganosa do teu reflexo,investigo o meu clamor
e te vejo ciente refletir o meu olhar.
 
Traído pela paixão, ergo os olhos e sinto o afeto
das nuvens desenhar o teu corpo, arrisco e
sinto a ternura do meu consolo procurar
controle e vejo favorecer o silencio da alma,
na minha cabeça a culpa me inquieta, o meu universo
se acolher e permaneço nele para combinar com as
minhas buscas.  


quinta-feira, 27 de junho de 2013

 
 
MEDITAÇÃO
 
 
A chuva silenciosa cai lá fora num
gesto inquietante e com ela vaga a
tempestade de meu consolo.
 
Os meus pensamentos escoam no
vendaval de minhas lamentações,
parece que a lentidão da noite me
arrasta no secreto dessa agonia.
 
Tento confundir o meu disfarce como
se não pudesse passar pelo meu destino,
observo o mistério da água revelar
na forma mais sutil a intensidade
de meus tomentos.
 
Isolado, vejo o movimento dessa
tempestade, deslisar no solo frágil de
meu temporal.
 
Perdido nesta ventania, olho o
naufrágil de meu combate enfraquecer
a dor de meu silêncio, as minhas forças
confundem ainda mais com o que
sinto.
 
Tento combater a resistência de
meus desejos, elevando o meu grito
para aliviar a minha aflição.
 
Cruel, a noite se revela nesta prisão,
neste momento sinto a escuridão
despertar a minha inquietação.
 


terça-feira, 25 de junho de 2013

PENSAMENTO

      PENSAMENTO

 
Todas as noites os meus pensamentos
são torturados como forma
de afetar as minhas duvidas.
 
Atormentado, corro o risco de não suportar
 a minha intolerância,
sinto como se fosse conduzido à forca de
 minhas agonias, inquieto procuro abrigo
para agasalhar os meus temores,pura
ofensa de minhas culpas.
 
Agora mesmo, peregrino em meu destino,
vivo procurando preencher o meu vazio,
na tentativa de disfarçar a minha dor.
 Iludido me aqueço na tempestade dessa
saudade que me inquieta, parece que tudo
que faço, vejo a solidão me aquecer
diante de meus conflitos, que estão fora de
meus alcances, virtudes de minha sobre vivência,
limite inevitável de meus sentidos.
 Neste instante o meu humor causa resignação,
órfão, continuo desabrigado na tempestade
do inconsciente, favorecer a entrega de minha
felicidade, rejeitar a tua partida,
calado, fico em silêncio mergulhado no tempo
a espera de encontrar um sentido para assistir
a minha entrega.
 Nesse momento, contesto o oculto de meus desejos
e procuro controlar os meus desenganos que almeja
condenar as minhas fraquezas.
 Frágil, procuro abrigo para me isolar de todas
as coisas, ciente de tudo vejo o mundo
acolhido na ternura escondida, no segredo
do afeto.
 Vestido de insegurança fecho os olhos
e vejo uma cena de terror ocupar o meu
caminho, sinto o meu corpo presente, mas
estou caminhando nesta fuga além do infinito,
além de minhas posses. 
 
 


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

SAUDADES


No abrigo do meu silencio, recorro
a aparecia da noite e refugio no meu quarto
na tentativa de isolar do mundo

No meu semblante apenas o desejo de
contemplar o  ambiente para mergulhar
em minha  meditação

Procuro me aquecer, mais você está
ausente, tento acalmar meu coração
que bate forte sussurrando o teu nome
no frescor da madrugada

Sinto-me seguro de todos os perigos,
somente a ansiedade chega, tentando
desfazer a tranqüilidade do meu pensamento
que almeja cada momento de teu fascínio

Tento escapar mais a tua presença garante
a força de minha imaginação, la fora nada
vejo, apenas a dor da saudade bater todos
os sentidos, estimo desprezar por completo
esta saudade que procura alimentar a solidão
e desviar os meus sonhos, crucificando o meu
destino

Me transporto na imensidão do tempo e
você está aqui, presente em cada sentido de minha
alma, o meu coração garante a tua presença e
sinto a tua respiração revelando os teus segredos

Recorro ao disfarce, e percebi que fiquei só diante
da vida, agora todas as cosias procuram me
assustar, mas o desejo de estarmos juntos me
fez retornar para o convívio de minha ilusão,
as horas passam, o cansaço chega, a noite
desfalece e sinto teus abraços me aquecer
com os teus beijos, desfazendo esta saudade
com a tua presença